Transtorno Bipolar
quarta-feira
Esperança
Ter um diagnóstico de uma doença crônica não é fácil. É uma sentença de luta pela vida toda com altos e baixos, cuidados especiais que não se teria se não tivesse a doença. Isso vale para qualquer doença crônica, diabetes, hipertensão arterial, transtorno bipolar, depressão, insuficiência coronariana, etc..
Hoje em dia a medicina já dispõe de meios para controlar muitas patologias e permitir uma vida produtiva e com boa qualidade.
Os tratamentos envolvem muitas vezes medicações de longo prazo, controles rígidos, visitas ao médico, envolvimento de outros profissionais como terapeutas, nutricionistas. Mas o tratamento bem sucedido depende primariamente do paciente e de seu empenho em ficar melhor.
Todos os profissionais envolvidos e as pessoas acompanhantes próximas por mais que queiram o sucesso e o bem estar do indivíduo são limitados. Enquanto o paciente não se conscientizar que depende dele a aderência ao tratamento e o feedback aos profissionais, ninguém poderá fazer o tratamento por ele.
Os pacientes costumam se frustrar com os resultados e aí podemos ajudá-los: estimular a aderência ao tratamento explicando que ele pode, sim, ter uma vida melhor. Pode demorar um tempo, pode ser trabalhoso, pode requerer revisões na estratégia adotada, mas a pessoa pode ficar bem, sim, dentro dos limites de sua condição.
Como identificar, diagnosticar e conviver com pessoas que sofrem de transtorno bipolar
Reconhecer os primeiros sinais e sintomas, identificar a mania e a depressão são importantes para aprender a cuidar e a conviver com os altos e baixos e as oscilações presentes no humor de pessoas com esse distúrbio.
O paciente com transtorno bipolar, assim como os familiares que podem dar apoio e ajudar no tratamento, pode compreender mais os sintomas, as causas, o autocontrole, o que prestar atenção para falar ao médico, como enfrentar suas dificuldades, o que fazer nos momentos de desequilíbrio e o que esperar da evolução e do tratamento.
Com mais informações e conhecimento, é possível se preparar, manter um melhor bem-estar e equilíbrio do quadro de humor, adotar medidas preventivas, praticar exercícios e formar uma rede de apoio que sustentará de forma mais significativamente uma qualidade de vida satisfatória e favorável.
Maioria dos bipolares recebe tratamento errado no Brasil
Três anos se passaram até que o técnico em eletrônica Alexandre Vilaça, de 36 anos, descobrisse sua bipolaridade. Antes disso, foi diagnosticado com depressão, uma falha na identificação da doença que acomete 66% dos pacientes brasileiros com transtorno de humor bipolar, distúrbio psiquiátrico caracterizado por flutuações de humor em que o indivíduo alterna fases de hiperatividade com períodos depressivos.
Quando erroneamente diagnosticados, muitos pacientes bipolares são medicados com antidepressivos, o que pode piorar ainda mais o quadro psiquiátrico. “Nestes casos, os medicamentos fazem com que o paciente fique agitado e instável, prejudicando muito o relacionamento interpessoal, familiar e profissional dessas pessoas”, diz o psiquiatra Diogo Lara, professor da Faculdade de Biociências da PUC - RS e coordenador do Ambulatório de Bipolaridade do Hospital São Lucas. Segundo ele, confusões e erros de diagnóstico ocorrem principalmente com os pacientes bipolares do tipo II, que não costumam ter os episódios de mania (hiperatividade) e depressão bem marcados. As fases de prostração predominam - daí a confusão com os quadros puramente depressivos.
Para mudar essa situação, os médicos defendem uma atualização nos critérios de diagnóstico do distúrbio, que são de 1994. O objetivo é que a nova edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM - 5), editado pela Academia Americana de Psiquiatria e usado como referência mundial na área, inclusive no Brasil, traga elementos que permitam o diagnóstico precoce dos pacientes com transtorno bipolar. Na maioria das vezes, a doença é confundida com depressão, como no caso de Vilaça. Cada fase do humor bipolar pode durar meses e, geralmente, é apenas no ciclo depressivo que o paciente busca ajuda.
A falta de medicação específica contra a bipolaridade é prejudicial porque acentua a morte das células cerebrais. Além disso, os pacientes ficam mais sujeitos ao abuso de álcool e outras drogas. “Quanto mais tardiamente o indivíduo for tratado, mais perdas neuronais vão ocorrer”, diz Giuliana Cividanes, mestre em psiquiatria pela Universidade Federal de São Paulo. Com base em sua experiência clínica, ela diz que as pessoas demoram de 10 a 15 anos para se conscientizar sobre a doença e, então, iniciar o tratamento.
Sintomas do Transtorno Bipolar – Fase Depressiva
Os sinais e sintomas de depressão (ou episódio depressivos) no transtorno bipolar incluem:
♦ · Sentimentos de tristeza ou pessimismo.
♦ · Tristeza, ansiedade ou sensação de vazio.
♦ · Sentimentos de culpa, falta de esperança e falta de confiança no valor de si mesmo.
♦ · Perda de interesse por atividades ou prazeres de que gostava, incluindo sexo.
♦ · Diminuição de energia, sentimentos de fatiga ou estar devagar.
♦ · Dificuldade de concentração, de lembrar e tomar decisões.
♦ · Agitação e irritabilidade.
♦ · Dormir demais ou não conseguir dormir.
♦ · Mudança no apetite e/ou aumento ou perda de peso.
♦ · Dor crônica ou outro sintoma persistente não causado por doenças físicas ou acidentes.
♦ · Pensamentos de morte, suicídio ou tentativas de suicídio.
Um episódio de depressão é diagnosticado se cinco ou mais destes sintomas durarem a maior parte do dia, quase todos os dias, por períodos de duas semanas ou mais.
Um episódio moderado de mania é chamado de hipomania, a pessoa pode sentir bem durante o episódio e ele pode ser associado a um bom funcionamento e aumento na produtividade. Mesmo quando amigos e familiares aprendem a reconhecer os sinais de mudança de humor como distúrbio bipolar, o portador pode negar que algo esteja errado.
Sem tratamento adequado, hipomania pode se tornar mania severa em algumas pessoas ou mudar para depressão
Fonte: http://www.consumerstar.org/
Sintomas do Transtorno Bipolar – Fase Maníaca
O transtorno bipolar causa mudanças bruscas de humor, entre o “alto” (high) onde a pessoa se sente confiante, com a sensação de invencibilidade, poder, felicidade suprema e/ou irritabilidade, o que a faz mudar de maneira rápida ou não, para a tristeza a falta de esperança e novamente a traz para o alto, geralmente com períodos de normalidade entre estas fases. Os períodos de alto e baixo são chamados de episódios de mania e depressão.
Os sinais e sintomas de mania (ou episódios maníacos) incluem:
♦ · Aumento de energia na produtividade e não necessidade de descanso.
♦ · Extrema irritabilidade.
♦ · Pensamentos extremamente rápidos e falar muito.
♦ · Distração - não consegue se concentrar.
♦ · Pouca necessidade de dormir.
♦ · Pensamentos não realísticos sobre habilidades e poder.
♦ · Julgamento pobre.
♦ · Gastar compulsivamente.
♦ · Longo período de comportamento diferente do habitual.
♦ · Aumento na atividade sexual.
♦ · Abuso de drogas, particularmente cocaína, álcool, e medicamentos para dormir.
♦ · Comportamento: provocativo, intrusivo e agressivo.
♦ · Negação de que algo esteja errado.
Um episódio de mania é diagnosticado quando o estado alto de humor da pessoa ocorre com três ou mais sintomas, a maior parte do dia, quase todos os dias por uma semana ou mais. Se o humor (estado mental) é irritado, quatro sintomas adicionais devem estar presentes.
Fonte: http://www.consumerstar.org/
quinta-feira
Questionário de Transtornos do Humor
No link a seguir, publicado no site da revista Época, segue o Questionário de Transtornos do Humor (Mood Disorder Questionnaire, MDQ), um instrumento validado para rastreamento de sintomas bipolares I e II, combinado a questões sobre problemas atuais de saúde. O quiz sugere resultados negativos ou positivos de bipolaridade, mas não substitui o diagnóstico de um profissional da saúde.
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